Singapura levará a cabos mais duas execuções esta semana, no âmbito da apertada lei do narcotráfico, que prevê que crimes de tráfico de droga possam ser punidos com a pena de morte. Será assim, executada naquela cidade-Estado a primeira mulher em 20 anos.
A primeira execução é a de um homem de 56 anos, local, que será enforcado na quarta-feira. O método é o que é aplicado pela ilha, e a condenação foi dada por ter traficado 50 gramas de heroína.
A família do condenado recebeu a notificação de execução na semana passada, cumprindo-se as disposições legais que determinam que o aviso seja feito com apenas uma semana de antecedência.
O segundo caso de execução, pelo crime de tráfico de 30 gramas de heroína, será o primeiro com uma condenada, neste caso de 45 anos, algo que não se registava desde 2004. Acontecerá na sexta-feira.
Com estas execuções, totalizam-se pelo menos quatro ocorridas desde o início do ano, relacionadas com o apertar das regras de combate ao narcotráfico em Singapura.
Os casos já foram considerados “escandalosos” por várias organizações de direitos humanos e a ONU já pediu que sejam suspensas as regras e execuções, até porque, num dos casos, os advogados e familiares do executado afirmam que este nunca tinha tido qualquer contacto com drogas.
Segundo a lei, a pena de morte é passível de ser decretada em casos de tráfico de um mínimo de 500 gramas de marijuana ou de 15 gramas de heroína.
As execuções foram travadas durante a pandemia da Covid-19 mas, com o levantamento de restrições, no ano passado Singapura bateu recordes neste aspeto: foram executadas 11 pessoas em casos de tráfico de droga, incluindo um alegado traficante de heroína com incapacidade mental.













